Leo e Oscar

O RegressoLá fui eu assistir “O Regresso”, filme dirigido por Alejandro Iñarritu candidato a 12 Oscars e com o qual Leonardo de Caprio finalmente deverá ganhar a sua estatueta de melhor ator. O filme se passa durante o inverno de 1823, e conta a história real do  explorador e comerciante de peles Hugh Glass (personagem do Leozinho) que depois de ser atacado por um urso e abandonado à beira da morte pelos seus companheiros, sobrevive e parte  em busca de vingança contra aqueles que o deixaram para trás.

Se eu não soubesse que o tal sr. Glass um dia existiu, teria certeza que o roteiro contava a história de uma espécie de MacGyver, aquele do Profissão Perigo, de Neardental. Di Caprio passa frio, fome, sofre, grunhe, rasteja, fica sujo, mal cheiroso, de vez em quando até fala mas sempre dá um jeito de sobreviver. Judiaram da criatura. Eu como espectador me senti vingado…Está achando que a vida é só Gatsby e “Lobo de Wall Street”  ? Glamour, gel no cabelo, Bar Refaeli, baladinhas, champa, tipinho “rei do camarote”? Não…vai lá virar papinha de urso, degustar um fígado de bisão congelado, tirar uma sonequinha dentro de uma carcaça de pangaré.

Merece um Oscar ? Em “O Regresso”, DiCaprio só precisou fazer cara de ogro por duas horas e meia. Um “Cigano Igor”padrão Hollywood. Até cantar na proa do Titanic exigiu mais dele do que este papel. É justo que ele seja reconhecido pelo conjunto de sua obra mas este filme está longe de representar uma de suas melhores performances. Não por culpa do ator, mas o fato é que representar Hugh Glass demandou muito menos de DiCaprio do que Scorcese exigiu dele em seus últimos filmes. Bom para ele, perderá a sua virgindade de Oscars, mas reforça a tese que o trabalho premiado não é aquele que exige mais técnica do ator e sim aquele em que a criatura exibe o maior grau de transformações corporais e estéticas. No pain, no Oscar. Foi assim com a gagueira de Collin Firth, com a magreza esquelética de Matthew McConaughey, com a esclerose de Eddie Redmayne. Será assim com a neo-feiura de DiCaprio.

#eosnudes ?

marylinTudo bem que já havia me acostumado com a idéia de pensar um mundo com estoques de ventos, mandiocas sendo convertidas em objeto de adoração, com a filha da Gretchen sendo chamada de senhor e outras coisas que jamais pensei que fossem possíveis. Eis que leio a notícia que a revista Playboy deixará de publicar fotos de mulheres nuas. Estou convicto que nada mais é impossível. Pergunto eu, o que a Playboy pretende publicar então ? Entrevistas, histórias em quadrinhos, dicas master chef ou moldes de crochê ? Quem sabe esta decisão tenha sido o resultado de algum “focus group” com homens mentirosos que diziam adorar as entrevistas e as páginas de consultoria de moda. Se não foi isto, talvez alguém pregou uma peça no editor da revista nos Estados Unidos e enviou os exemplares da Fogueteira, da Hortência, da Fernanda Young o que lhe daria argumentos mais do que justificáveis para a decisão. O que será que colocarão no poster daqui para frente ? Horóscopo ? Cotações da bolsa de valores ?? A Receita do filé Wellington ??

O coelhinho da Playboy já deve estar na fila para pedir sua aposentadoria depois de 40 anos de trabalho…Em breve deverá ser substituído pela imagem de um monge com óculos RayBan.
Enfim, esta notícia representou um choque para toda uma geração. Guardadas as devidas proporções, caso isto tivesse ocorrido em meados da década de 80 seria motivo para uma rebelião popular, algo exponencialmente maior do que foram os “caras pintadas” alguns anos depois… Não me venham com dados comerciais falando de queda de vendagem ou com esta história de que mulheres nuas estão a apenas um clique no mundo virtual ou mesmo que este não é o universo feminino que uma editora deveria exibir. Concordo com todos estes argumentos lógicos mas memórias não são lógicas e justamente por isto sinto uma espécie de ataque retroativo sendo desferido contra a minha adolescência.
Como adolescente, o meu desafio começava em ter acesso à revista, aquela sensação de medo, de que poderia ser denunciado ao juizado de menores pelo jornaleiro. Depois vinha a questão logística da armazenagem. Onde guardar os exemplares, preferencialmente no banheiro, sem chamar a atenção da minha mãe, que insistia em fingir que não tinha visto nada e ao mesmo tempoevitar o furto por parte de meus irmãos ….Finalmente a questão da delicadeza do manuseio…como conservar as musas intactas, sem riscos de serem rasgadas, coladas, dobradas no lugar errado ou sofrerem outros acidentes….Enfim, tudo isto ia muito além da ‘revista de mulher pelada”. Era a tal “experiência de compra”, tão valorizada pelos moços do Marketing.  Luiza Brunet, Monique Evans, Maitê Proença, Luciana Vendramini … Vocês fizeram parte de cada pedaço desta história e certamente entendem todo o contexto.
Vá em frente, Playboy…confesso que é algo que para mim equivale ao McDonalds não ter mais o Big Mac ou a Coca Cola não vender mais refriegerante. Se não dá mais para competir, se o mundo mudou, se o seu conteúdo ficou politicamente incorreto e sexista, se não dá para se reivententar, assuma isto e saia do negócio mas não se disvirtue tanto, nunca perca a sua raíz. Não tenho bola de cristal mas se tivesse que apostar cravaria que muito em breve ou a revista acaba de vez, ou retoma a rotina das peladonas, provavelmente em poses mais ginecológicas, com o argumento de tentar recuperar o público perdido.

Resumo do Oscar 2014

BhxWaNuIEAEqKu_Noite de Oscar…Aí vai o meu resumo da festa:

Oscar “Medida Certa”. Para Matthew McConaughey (ator principal) e Jared Leto (ator coadjuvante). Protagonizaram a cota de sacrifício de perder 25 Kg cada um….Algo para deixar Gabi Amarantos e Preta Gil morrendo de inveja. O máximo que ambas conseguiram foi um tempo no Fantástico e o apoio do Tadeu Schmidt…Nada comparável a um Oscar. O filme que justificou o prêmio ? Apenas um detalhe…Eles ganharam pelo seu “extreme make over”  e não por Dallas Buyers Club, que é bem mais ou menos…

Oscar “Deusas do Estilo”. Para Cate Blanchett (atriz principal), irritantemente elegante mesmo quando a sua Jasmine aparecia vestida de calça jeans e camiseta branca ou tendo um surto psicótico e de maquiagem borrada. Na mesma linha, o prêmio de atriz coadjuvante foi para a nossa  nova amiga Lupita Nyong’o, que até a semana passada ninguém sabia quem era, mas apareceu vestida com um traje da Prada com o qual até eu fico bonito…Lupita para mim criou uma nova categoria, a da sub atriz coadjuvante, pois assisti o seu filme e se o coitado do Solomon ficou preso, trabalhando duro por 12 anos, a Lupita ganhou o Oscar tendo trabalhado por uns 12 segundos…

Oscar “Culpa no cartório”. Reza a lenda que um dos primeiros sintomas de que um homem aprontou alguma coisa é quando resolve mandar flores, comprar presentes e dizer coisas românticas para a sua esposa…Exatamente assim se comportou a Academia em relação a  “12 anos de escravidão”. O tema do filme é tão sensível e as manchas que a escravidão deixou na história americana são tão fortes, que é mais fácil assumir a culpa do que explicar as razões: Oscar para ele ! Não sei se alguém se lembrará de “12 anos” daqui a algum tempo…É um filme bem produzido, correto mas que não me parece que ficará para a posteridade.  O “Lobo de Wall Street” era o avesso, com absolutamente tudo de politicamente incorreto que se pode imaginar em 3 horas de filme…Senti falta, de alguma coisinha para o “Lobo” , mesmo que fosse “Melhor Edição de Áudio”…Depois da cerimônia deve ter dado crise de consciência no pessoal que votou…

Oscar “Os nossos coreanos são mais criativos”.  Para Samsung Galaxy por ter feito o melhor merchandising da história do cinema. A “selfie” de Ellen DeGeneres, retweetada mais de um milhão de vezes, foi a grande estrela da noite… Esta foto sim, merecia o Oscar de efeitos especiais (para a imagem do produto é bem verdade….)

Agora só resta esperar os filmes do ano… Garantido mesmo é que  certamente a Meryl Streep será candidata a alguma coisa e quando a Jennifer Lawrence cairá no tapete vermelho…

Azul calcinha

image

Fui assistir “Azul, é a cor mais quente”.  Apesar do título poder sugerir algo relacionado a Smurfs sofrendo com o calor do verão, trata-se do filme que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2013, e que não é um passatempo para crianças. “Azul” conta a história da jovem Adele , com suas descobertas, frustrações e angústias  no período de transição entre a juventude e a vida adulta. O eixo do filme é o relacionamento de Adele, com Emma, uma mulher mais madura, decidida e independente. O filme gerou um enorme barulho por conta das cenas calientes entre as duas protagonistas, que de fato tem potencial de fazer com que desavisados e beatos abandonem a sala do cinema e proponham o exorcismo das duas mocinhas. Tirando estes momentos, em que rola este animado kamasutra lésbico, “Azul” nada mais é do que o superficial diário de Adele.  Isto me frustrou um pouco… Ler diários de meninas, a menos que você seja citado como o bonitinho da classe, não é das coisas mais animadas…como qualquer diário, o filme tem os momentos de tédio (“hoje almocei macarrão”, “dormi a tarde inteira”) e os momentos mais divertidos (“fiquei com o menino”, “briguei com a menina”). Foi um pouco assim que senti  “Azul” . Se a Emma chama-se Emmo e se as cenas de sexo não fossem tão explícitas, gerando toda a polêmica (as duas atrizes principais  disseram que nunca mais voltarão a trabalhar com o diretor Abdellatif Kechiche), acho que o filme passaria quase despercebido e não seria tão endeusado. “Azul” tem suas virtudes: faz com que o espectador compartilhe e vivencie os sentimentos de Adele  de uma maneira crua e real, sem grandes explicações ou notas de rodapé, tem duas atrizes fazendo um trabalho espetacular, tem uma estética européia charmosa…Apesar de tudo isto, fiquei um pouco com a sensação de estar assistindo  Malhação ou Confissões de Adolescente em longa metragem (aliás, longuíssima…são 3 horas de filme), em versão proibida para crianças. Daria para ter arrancado algumas páginas deste diário…

Gravidade

gravity-2k-hd-trailer-stills-movie-bullock-cuaron-clooney-20Lá fui eu assistir “Gravidade” com Sandra Bullock e George Clooney. Ok, o filme tem imagens lindas do espaço. Ok, o filme utiliza bem os efeitos  3D. Ok, você realmente se sente flutuando no espaço. Desde o começo esta deveria ter sido a sua proposta original: venha ver como Hollywood e sua tecnologia, são capazes de produzir coisas incríveis. Nós iremos apenas concorrer ao Oscar de efeitos especiais e ser hors concours em cenas bonitas. Esqueça o resto que você possa esperar de um filme: não vamos tentar colocar isto em um roteiro, não vamos querer contar história, “Gravidade” servirá apenas como ferramenta de divulgação dos múltiplos recursos da indústria cinematográfica americana.

Mas aí  não cumpriram o combinado e tentaram inventar uma história para justificar o filme.  A coisa desandou. A que se prestou o George Clooney ? O mesmo papel de sempre…Grisalhão pegador, galã da menopausa, só que desta vez com roupa de astronauta. Fiquei pensando se não era fetiche da roteirista: tenho uma tara pelo George, só que sou original,  minha fantasia não é vê-lo vestido de Zorro ou de bombeiro mas sim de astronauta. Vou dar um jeito. Só pode ter sido isto…Para completar o pacote, só faltou George fazer merchand de Nespresso na estação espacial.

E a Sandra Bullock ? Seu figurino também é interessante, normalmente aparece vestidinha de astronauta, mas quando está mais relaxada, desfila com um traje de Lara Croft interestelar. Seu cabelo, com gravidade ou sem gravidade, não se mexe. O seu cabelereiro na estação espacial certamente era o mesmo do Roberto Justus. Mas o que pegou mesmo para mim foi quando ela resolveu sair voando pelo espaço turbinada por um extintor de incêndio. Uma releitura do que as bruxas faziam com vassouras. Transformaram a moça em uma espécie de MacGyver operando em gravidade zero que sobrevive a destroços de satélites, incêndios e ainda imita latido de cachorro enquanto está sem oxigênio…. Foi além da minha capacidade de abstração…

imgresEm resumo: assista uns quinze, vinte minutos de filme. Adquira repertório para comentar com os seus colegas como as imagens são lindas, como Hollywood é capaz de fazer coisas surpreendentes, como é fantástico vagar pela imensidão do espaço e depois saia no meio, para jantar mais cedo. Sem grandes culpas…

Ring Ring

bling-ring-1Este final de semana assisti “Bling Ring”, último filme de Sophia Coppola. “Bling Ring” conta a história real de um grupo de adolescentes bem nascidos de Los Angeles, que resolve invadir casas de famosos que estão fora da cidade para surrupiar os seus pertences. Mais do que roubar vestidos e bolsas de Paris HIlton, Megan Fox ou Lindsay Lohan, eles querem se apoderar de seu estilo de vida. A brincadeira lhes rendeu US$ 3 mi. O filme não faz julgamentos, apenas mostra como é sua rotina de baladas, drogas e futilidade subsidiada pelos furtos. Por isto o filme incomoda…todos estão assaltando casas pois estão com fome, só que a fome é de Channel, Louboutin e Champagne…A turminha quer apenas viver como vivem os seus ídolos e mais do que tudo, se exibir para os colegas, compartilhando as suas peripécias em todas as redes sociais. Assistir ao filme sem pertencer a esta geração, é garantia de se sentir um velho. Os valores do grupo são incompreensíveis, a irresponsabilidade e a inconsequência da gang são irritantes e a obsessão por um jeito “VIP” de se viver, cercado por “grifes e points”  parece uma caricatura (mas não é).  O pior de tudo é a sensação de que o crime compensou…Um tempinho de cadeia que alavancou a exposição na mídia, o número de amigos no Facebook e a admiração dos amigos.

Você sai do cinema como se “Bling Ring” disparasse um chamado na sua consciência, uma espécie de “Ring Ring” …o filme gera uma angústia para você reforçar não só os cadeados de sua  casa para que os adolescentes não a invadam (embora eles não pareçam tentados a fazer  isto, afinal você possivelmente não tem pista de dança no porão), mas os cadeados da vida, para que os seus filhos não saiam…Minha conclusão é que para qualquer pai, seria melhor se o filme não fosse inspirado em uma história real.

Plumas e lantejoulas

TitanicDesde que o Leonardo DiCaprio resolveu ficar na proa do navio, antes de submergir nas águas geladas e açucaradas de Titanic, tenho acompanhado a sua carreira. O cara tem evoluído e conseguiu ir além de seu rostinho bonito…Se antes ele era o ex-namorado da Gisele Bunchen e uma espécie de Henry Castelli hollywoodiano, agora ele realmente atingiu um patamar de astro de cinema, puxando público para os filmes em que atua. Foi assim com “Ilha do Medo”, “Infiltrados”, “J.Edgard”, “Django” e mais alguns…Lá fui eu assistir “O Grande Gatsby” para prestigiar novamente o Leo. Filme médio. Muita espuma, pouco conteúdo. Momentos em que me senti em um show do ABBA com figurino dos anos 20…Tudo é superficial e os personagens que começam o filme pretensamente densos e intensos, acabam razos e vazios. Parece que se preocuparam tanto com as superproduções das festas (plumas, paetês, lantejoulas…), com o tamanho das mansões, com os carros, que se esqueceram de contar uma boa história. DiCaprio tem cacife para escolher roteiro melhor.Gatsby

Broadway

broadway2

De tempos em tempos, quando viajo, me submeto a um ritual de auto-flagelação. Talvez para compensar as coisas boas que viagens sempre trazem como passeios por lugares legais, restaurantes bons e companhia agradável, estabeleço esta punição para me lembrar do outro lado da vida. A auto-flagelação consiste em pagar caro (afinal o efeito não seria igual se fosse de graça) para assistir a um espetáculo da Broadway. Pode mudar a peça que o efeito é o mesmo. São três horas de cantorias intermináveis…o homem aranha canta, o fantasma da ópera canta, a fera que ameaça a bela canta e até o leão não ruge, também canta…Os personagens jamais falam entre si. Podem estar brigando, se xingando, se matando…sempre farão isto animados pelo ritmo melodioso de uma orquestra. A sensação de que por vezes o tempo não passa nunca é tão real como quando estou assistindo uma peça da Broadway…depois de 1,5h de lá,lá,lá, acendem-se as luzes e você se dá conta que aquilo foi apenas o primeiro ato e que outra sessão equivalente está por começar.É algo que não acaba nunca, é a materialização do infinito! Se o desenvolvimento da paciência é uma virtude para fazer um ser humano crescer, as horas recentes de Broadway certamente contribuem para me transformar em um gigante…broadway

A caçada na tela

Hora mais escuraInspirado pela falta de luz dos últimos dias fui assistir “A hora mais escura”, dirigido por Kathryn Bigelow. O filme não narra a minha epopéia com a Eletropaulo, mas sim a caçada a Osama Bin Laden e está indicado a 5 Oscar.

Como o desfecho do filme é conhecido de todos (a morte de Bin Laden…), eu estava um pouco temeroso de assistir a uma obra ufanista, com “Stars and Stripes” por todos os lados…O filme é bem mais do que isto…O foco não está no fim da história e sim nos bastidores da caçada a Bin Laden e escancara sessões de tortura contra prisioneiros suspeitos, conflitos políticos internos dentro da CIA e a obstinação que dedicaram vários anos de suas vidas a missão de encontrar e eliminar um homem. Isto é nobre ? Os fins justificam os meios ? Cabe ao espectador avaliar e achei o filme imparcial neste sentido .

Hora mais escura 2Nada de poesia, nada de romantismo. O filme é seco, tenso e intenso.O realismo da tortura incomoda, a vingança como combustível da aparentemente frágil e delicada Maya, a agente da CIA e personagem principal, é desconfortável e o realismo das cenas de invasão da fortaleza de Bin Laden, filmadas em tom esverdeado, padrão “visão noturna”, geram dúvidas se aquilo não é um documentário feito com imagens dos soldados. Tem que tomar cuidado para não engasgar com a pipoca em algumas cenas mais fortes mas gostei bastante do filme.

O homem da nota de US$ 5,00

us_5_obverseFui assistir “Lincoln”, dirigido por Steven Spielberg e indicado para uma montanha de Oscars. Resumo: Ótima interpretação de Daniel Lee Lewis, bons atores coadjuvantes, um pouco de aula de história para poder replicar para os amigos e uma nova visão sobre o homem da nota de US$ 5,00 que de vez em quando passa pela minha mão.

Não é fácil se manter alerta nas duas horas e meia do filme…o roteiro tem alguns detalhes históricos difíceis de serem absorvidos por não americanos, exceto por algumas práticas de compra de votos de parlamentares que foram  globalizadas e fazem com que o espectador brasileiro se sinta em casa em vários momentos…São citados personagens, batalhas e fatos que dificultam a conexão. Nada que impeça a compreensão geral de “Lincoln” mas uma apostila de cursinho ajudaria.

A iluminação, os figurinos e os planos sempre fechados te dão a impressão que você está em um estúdio construído no Projac com personagens de um museu de cera. Admito que deu um certo sono, ainda mais estimulado por vários colegas de sessão que roncavam sem constrangimento. O filme deve ganhar mesmo um monte de coisas porque é tecnicamente correto, segue a formulinha, mas não tem a proposta de gerar nenhum “uau” nos espectadores.  Eu diria que é um filme burocrático que vale pelo seu elenco…images

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