Balanço olímpico

(AP Photo/Matt Slocum)

(AP Photo/Matt Slocum)

E as Olimpíadas estão no fim…Seguem algumas das minhas considerações sobre os jogos do Rio…

Bolt é um Deus do esporte. Ainda bem que não corre em ritmo de reggae.

Tive o privilégio de assistir ao Phelps perder uma prova para um cidadão de Cingapura. Quantos poderão dizer isto ? Ouro do Phelps dá mais que chuchu na serra…Prata ao vivo é para poucos.

Futebol na Olímpiada é parecido com frequentar uma churrascaria para comer sushi. Não é feito para ser bom…Só está lá para distrair o cliente do foco na picanha. Futebol de verdade é Copa do Mundo.

Minhas primeiras lembranças do volei foram os saques “Jornada nas Estrelas” do Bernard e “Viagem ao fundo do mar”, do William. O que era oceano no passado, agora virou piscina. O que era esporte virou uma espécie de aula de hidroginástica movida a lamba aeróbica. Tem trilha sonora, DJ, coreografia, gritinhos dos animadores. De vez em quando até se lembram de jogar bola para ajudar a entreter o público.

A turminha de nadadores americanos liderados pelo Lochte deveria ser contratada como protagonista de alguma continuação de “Se beber não case”. O roteiro já está pronto e é sensacional.

A medalha de ouro de Thiago Bráz gerou uma infestação de piadas infames sobre a sua habilidade com a vara.

Isaquias é mito. Sua chapinha no cabelo é style. Qualquer um que conseguisse se ajoelhar naquela canoinha e não caísse na água já mereceria algum tipo de medalha de honra ao mérito.

Música oficial dos jogos foi a adaptação da trilha sonora de Tieta, cantada em todos os confrontos entre Brasil e Argentina: “Eta,Eta,Eta…Messi não tem copa, quem tem é o Vampeta”

Partida de Beach Volley começando à meia noite faz tanto sentido como a carruagem da Cinderela virar abóbora ao meio dia.

Onde foram parar os mosquitos da Zyka ?

Fui assistir a uma competição de vela. O visual é lindo mas o sermão de uma missa é mais dinâmico e emocionante.

Disputa de pesos pesados de judô é tão lenta que não precisa de replay.

Qualquer piscineiro de condomínio teria performado melhor que os químicos responsáveis pela água verde do Parque Aquático Maria Lenk.

O criador do uniforme da seleção masculina de volei deve ter assinado também a coleção de pijamas da Casa das Cuecas

Substituições: vão para o banco Hope Solo, Lochte e Lavillenie e voltam ao campo Eduardo Cunha, Lula, Temer e Dilma. Precisamos de vilões !

Amanhã ainda tem encerramento ! Uma espécie de Holiday on Ice sem Ice

Até Tokyo…

 

 

 

 

Fatiem os Salamitos

Hoje acordei no meio da madrugada, coração acelerado. Despertei de um pesadelo monstruoso em que estava sozinho no meio de uma batalha entre bocas assassinas e Salamitos Sadia. Nesta praça de guerra, exércitos de bocas carnudas (doravante denominadas de “periquitas flamejantes”) perseguiam voluptuosamente os pobres e indefesos Salamitos Sadia (a quem me referirei neste post como “bigulinhos indefesos”).  Enquanto me recompunha do susto e me beliscava para ter certeza de que não adormeceria e voltaria ao terror noturno, tive um lampejo de lucidez que me sinalizou que para reencontrar a minha paz interior, eu precisaria denunciar os responsáveis por criar e aprovar a campanha publicitária mais tosca dos últimos anos.

salamitoQualquer profissional envolvido em um projeto de lançamento de um “mini salame”, deveria pensar que uma coisa básica da estratégia de comunicação da marca, seria evitar as piadinhas e os risinhos abafados por conta do formato fálico do produto. O mesmo valeria se uma hipotética Associação Nacional dos plantadores de pepino, nabo, mandioca ou cenoura resolvesse divulgar os seus nobres produtos.

Parece que pularam esta parte…e os pobres Salamitos, viraram “bigulinhos” animados, sorridentes, infantilizados, que nasceram para serem devorados pelos bocões, sedentos e erotizados. Tudo isto feito de uma maneira vulgar e sem graça. O conceito da campanha é tão primitivo que em um primeiro momento, juro que imaginei que fosse uma daquelas peças fantasmas, nunca veiculadas, que os estagiários da área de criação das agências fazem para satisfazer seu insaciável ego (que nem 1000 pacotinhos de Salamitos seriam capazes de alimentar).

A minha aflição aumenta ao saber que os Salamitos vieram ao mundo cercados de uma polpuda verba de marketing, o que faz com que eu os veja em intervalos comerciais na TV, em pontos de ônibus, dentro de elevadores e até nas telinhas dos aviões antes do vídeo em que a aeromoça me ensina como apertar o cinto de segurança. De tanto encontrá-los, fico tenso pois significa que fui identificado como um consumidor target para Salamitos !!!! Ou seja, eles continuarão me perseguindo… Ainda bem que a verba um dia acabará e esta campanha entrará para os anais de peças bizarras da propaganda brasileira . (#ficaadica para o gerente de produto e para os criativos de plantão: Salamitos, anais…ha,ha. quem sabe a partir desta duplinha não tenhamos um tema igualmente divertido e refinado para a campanha do ano que vem ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela periódica

tabela periodicaCientistas anunciaram a descoberta de quatro novos elementos que acabaram de ser integrados à tabela periódica. Os novos elementos não existem na natureza e foram criados por aceleradores de partículas que fazem elementos menores colidirem entre si e se fundir. Os átomos criados nessas condições sobrevivem por apenas algumas frações de segundo.

Com isto, as “caixinhas” com os elementos de números atômicos 113,115, 117 e 118 foram preenchidas e agora a linha 7 da tabela está completa !

Na medida em que 99% da população não entende qual a serventia da tal tabela e se preocupa unicamente em decorá-la para o vestibular, do ponto de vista prático, os grandes impactados por esta novidade serão os estudantes de cursinho. Suas estratégias de estudo terão que ser revisitadas.

Algumas “famílias” de elementos ficaram intactas, como é o caso das famílias 1A e 2A, o que permite que a tradição prevaleça e que os alunos se limitem a decorar as frases clássicas “Li na cama Robson Crusoé francês” e “Bela Margarida casou com o senhor Barata”. As famílias 3A,5A, 7A e 8A porém, foram implacavelmente atacadas por estes cientistas, obcecados por seus umbigos e que almejam apenas reconhecimento pessoal e momentos de glória efêmera. Se antes para estar preparado para as provas, bastava ao pobre estudante decorar versos frugais como “Busco alguém singelamente talentoso”, “Não passo sabão no bilau” , “Os sete porquinhos” e “Hélio nervoso arrancou Kriptonita do xerife Ronaldão”, agora todas estas pérolas da sabedoria popular do cordel pré-universitário, terão que ser reescritas. A maldade dos cientistas foi tamanha, que eles decidiram provisoriamente chamar os novos elementos de ununtrium (Uut), ununpentium (Uup), ununseptium (Uus) e ununoctium (Uuo), inviabilizando qualquer chance das frases originais serem apenas ajustadas. Existem momentos em que a ciência serve apenas para atrapalhar…divulgar isto justo agora na véspera dos vestibulares é no mínimo um desrespeito à comunidade estudantil. Se eu ainda tivesse idade para isto, certamente ocuparia algumas escolas para protestar. Uns quinze dias seriam suficientes.

#eosnudes ?

marylinTudo bem que já havia me acostumado com a idéia de pensar um mundo com estoques de ventos, mandiocas sendo convertidas em objeto de adoração, com a filha da Gretchen sendo chamada de senhor e outras coisas que jamais pensei que fossem possíveis. Eis que leio a notícia que a revista Playboy deixará de publicar fotos de mulheres nuas. Estou convicto que nada mais é impossível. Pergunto eu, o que a Playboy pretende publicar então ? Entrevistas, histórias em quadrinhos, dicas master chef ou moldes de crochê ? Quem sabe esta decisão tenha sido o resultado de algum “focus group” com homens mentirosos que diziam adorar as entrevistas e as páginas de consultoria de moda. Se não foi isto, talvez alguém pregou uma peça no editor da revista nos Estados Unidos e enviou os exemplares da Fogueteira, da Hortência, da Fernanda Young o que lhe daria argumentos mais do que justificáveis para a decisão. O que será que colocarão no poster daqui para frente ? Horóscopo ? Cotações da bolsa de valores ?? A Receita do filé Wellington ??

O coelhinho da Playboy já deve estar na fila para pedir sua aposentadoria depois de 40 anos de trabalho…Em breve deverá ser substituído pela imagem de um monge com óculos RayBan.
Enfim, esta notícia representou um choque para toda uma geração. Guardadas as devidas proporções, caso isto tivesse ocorrido em meados da década de 80 seria motivo para uma rebelião popular, algo exponencialmente maior do que foram os “caras pintadas” alguns anos depois… Não me venham com dados comerciais falando de queda de vendagem ou com esta história de que mulheres nuas estão a apenas um clique no mundo virtual ou mesmo que este não é o universo feminino que uma editora deveria exibir. Concordo com todos estes argumentos lógicos mas memórias não são lógicas e justamente por isto sinto uma espécie de ataque retroativo sendo desferido contra a minha adolescência.
Como adolescente, o meu desafio começava em ter acesso à revista, aquela sensação de medo, de que poderia ser denunciado ao juizado de menores pelo jornaleiro. Depois vinha a questão logística da armazenagem. Onde guardar os exemplares, preferencialmente no banheiro, sem chamar a atenção da minha mãe, que insistia em fingir que não tinha visto nada e ao mesmo tempoevitar o furto por parte de meus irmãos ….Finalmente a questão da delicadeza do manuseio…como conservar as musas intactas, sem riscos de serem rasgadas, coladas, dobradas no lugar errado ou sofrerem outros acidentes….Enfim, tudo isto ia muito além da ‘revista de mulher pelada”. Era a tal “experiência de compra”, tão valorizada pelos moços do Marketing.  Luiza Brunet, Monique Evans, Maitê Proença, Luciana Vendramini … Vocês fizeram parte de cada pedaço desta história e certamente entendem todo o contexto.
Vá em frente, Playboy…confesso que é algo que para mim equivale ao McDonalds não ter mais o Big Mac ou a Coca Cola não vender mais refriegerante. Se não dá mais para competir, se o mundo mudou, se o seu conteúdo ficou politicamente incorreto e sexista, se não dá para se reivententar, assuma isto e saia do negócio mas não se disvirtue tanto, nunca perca a sua raíz. Não tenho bola de cristal mas se tivesse que apostar cravaria que muito em breve ou a revista acaba de vez, ou retoma a rotina das peladonas, provavelmente em poses mais ginecológicas, com o argumento de tentar recuperar o público perdido.

Síndrome de Estocolmo

imagesA definição diz que a “síndrome de Estocolmo é um transtorno psicológico que afeta pessoas que foram sequestradas, prisioneiros de guerra, pessoas sob prisão domiciliar, vítimas de abusos, assim como em caso de violência doméstica.

Nesta síndrome a vítima não tem a visão correta da realidade e defende seus agressores a fim de proteger-se. Este não é um ato consciente, a vítima não faz de propósito, mas é uma maneira que seu subconsciente encontrou para lidar com o perigo.”

A síndrome, cujo nome sub-equatorial é síndrome de Mineirão , contaminou a maioria da população brasileira, que não consegue virar a página do seu trauma futebolístico e agora subitamente se apaixonou pela Alemanha. O próximo passo será substituir o arroz com feijão por salsichão com chucrute…

#somostodosbananas

ImagemDaniel Alves comeu a banana que lhe foi estupidamente arremessada. O mundo se solidariza e proclama #somostodosmacacos. Me coloque fora desta…Eu não sou macaco…Tenho capacidade de julgar os atos de racismo e considerá-los ridículos, deprimentes. Não sei se os macacos tem esta capacidade de julgamento…talvez chimpanzés até tenham…A questão não é discutir se somos parentes mais ou menos distantes da Chita , o que é um fato consumado comprovado há séculos por Darwin e cia. Aceitar que somos todos macacos é tratar o preconceito como algo irreversível. Não é ato de protesto, é conformismo. Dizer “estou nem aí” , pode me xingar que eu não ligo, é pensar bem pequenininho, talvez com um cérebro do tamanho do de um sagui para ficar alinhado com o tema…Ontem deve ter sido o milésimo jogo em que uma banana foi arremessada em campo contra um jogador negro…poderiam ter sido gritos vindos da torcida ou imitações grotescas como também já ocorreu centenas de vezes. Nada muda…Não deveríamos parabenizar Daniel Alves por ter comido a banana, deveríamos esperar punições ao time, deveríamos esperar que o jogo fosse encerrado pelo juíz, deveríamos esperar abandono de campo por parte dos dois times,deveríamos esperar que os jogadores fizessem greve. Não acontece nada…No próximo jogo o que farão as novas vítimas de racismo ? Comerão cachos de banana ? É isto que esperamos ?? Será que não teria sido mais adequado dizer que #somostodosbananas , afinal, ontem assumimos de vez que somos incapazes de eliminar este tipo de comportamento da nossa sociedade ?

Azul calcinha

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Fui assistir “Azul, é a cor mais quente”.  Apesar do título poder sugerir algo relacionado a Smurfs sofrendo com o calor do verão, trata-se do filme que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2013, e que não é um passatempo para crianças. “Azul” conta a história da jovem Adele , com suas descobertas, frustrações e angústias  no período de transição entre a juventude e a vida adulta. O eixo do filme é o relacionamento de Adele, com Emma, uma mulher mais madura, decidida e independente. O filme gerou um enorme barulho por conta das cenas calientes entre as duas protagonistas, que de fato tem potencial de fazer com que desavisados e beatos abandonem a sala do cinema e proponham o exorcismo das duas mocinhas. Tirando estes momentos, em que rola este animado kamasutra lésbico, “Azul” nada mais é do que o superficial diário de Adele.  Isto me frustrou um pouco… Ler diários de meninas, a menos que você seja citado como o bonitinho da classe, não é das coisas mais animadas…como qualquer diário, o filme tem os momentos de tédio (“hoje almocei macarrão”, “dormi a tarde inteira”) e os momentos mais divertidos (“fiquei com o menino”, “briguei com a menina”). Foi um pouco assim que senti  “Azul” . Se a Emma chama-se Emmo e se as cenas de sexo não fossem tão explícitas, gerando toda a polêmica (as duas atrizes principais  disseram que nunca mais voltarão a trabalhar com o diretor Abdellatif Kechiche), acho que o filme passaria quase despercebido e não seria tão endeusado. “Azul” tem suas virtudes: faz com que o espectador compartilhe e vivencie os sentimentos de Adele  de uma maneira crua e real, sem grandes explicações ou notas de rodapé, tem duas atrizes fazendo um trabalho espetacular, tem uma estética européia charmosa…Apesar de tudo isto, fiquei um pouco com a sensação de estar assistindo  Malhação ou Confissões de Adolescente em longa metragem (aliás, longuíssima…são 3 horas de filme), em versão proibida para crianças. Daria para ter arrancado algumas páginas deste diário…

A quermesse

0008424b-642Mandela descansou. Finalmente foi sepultado. Depois de ficar trancafiado em uma cela solitária por 27 anos, talvez merecesse um bônus divino e direito a uma prorrogação maior de vida, com direito a chegar inteiro aos 200 anos, mas não teve jeito e sua hora chegou. O mais incrível foi ver a transformação dos fatos ao longo da semana. O day after à sua morte começou com elogios ao seu espírito conciliador, sua liderança, carisma , o seu papel decisivo em juntar os cacos de um país, reconhecimento como uma das maiores lideranças do século. Enfim, havia um clima de consternação global, com homenagens por todos os cantos.Uma rara unanimidade….

Os dias foram passando, parece que as notícias e os obituários perderam impacto e eis que um clima de quermesse se abateu sobre a África do Sul. Teve de tudo: um fun tour de todos os ex-presidentes brasileiros vivos, chaveco do Obama com  direito a selfie com a primeira ministra da Dinamarca e David Cameron segurando vela, biquinho ciumento da Michelle, Naomi Campbell em uma performance teatral, com cara de viúva inconsolável, Bono Vox pronto para subir no palco e pregar  e a cereja do bolo, que foi um picareta fazendo uma tradução inventada e cheia de licenças poéticas para a linguagem de sinais. Todos viajaram para um funeral e se comportaram como se fosse carnaval.

Mandela sábio e mito, deve ter visto tudo de cima e dado boas risadas. Sempre esteve bem acima de tudo isto. Não deve ter ligado…mas que seu funeral virou uma quermesse, isto virou.

Bola oval

IMG_2319Lá fui eu assistir a uma partida de futebol americano…Era um desejo antigo conseguir conciliar uma viagem aos Estados Unidos com uma partida da NFL. Depois que você entende as regras do jogo, é difícil não gostar. Tudo correu conforme planejado…90.000 pessoas no estádio, vagas para estacionamento sem flanelinha, assento numerado, um monte de opções de comida, banheiros limpos, torcedores dos dois times sentados lado a lado e sem violência. Enfim, um espetáculo.

O jogo ? Quem já assistiu a alguma partida de qualquer esporte nos Estados Unidos, sabe que não importa muito para a torcida  é o que está acontecendo dentro do campo ou da quadra. Isto é um detalhe…Se o time está ganhando o pessoal capricha um pouco mais no hot dog, se está perdendo não muda muito…talvez comam pizza.

O mais estranho para nós brasileiros, é que a torcida é totalmente comandada pelo placar eletrônico…Eu queria ser um pai com a autoridade destes placares…se é para defender , o placar dá a ordem e todos gritam: Defense, Defense ! Se é para ficar quieto, o placar pede silêncio e todos cumprem. O placar foi uma inspiração para mim, pena que meus filhos não se comportem como bons torcedores…

Aprendi também um pouco sobre as  cheerleaders…Cheerleaders são aquelas moças, normalmente loiras e peitudas, que ficam chacoalhando pompons a todo instante e por qualquer motivo…Eu achava que todos os times da NFL tinham o seu exército de moças e senti falta delas. Descobri que não é bem assim…dos 32 times da NFL, apenas 6 não tem cheerleaders. Consegui ir a um jogo entre dois destes times: New York Giants e Green Bay Packers. O argumento deles para não terem as suas próprias moças ? Foco no que acontece dentro do campo…o resto é distração.  Foi um grande programa, mesmo sem a presença das moçoilas…

Cronut, o mito.

O avião chegou cedo. O moço da recepção do hotel, sadicamente me desejou um “enjoy your day” dizendo que o quarto estaria pronto por volta das 3 da tarde. Lá fui eu para a rua…Para começar a viagem em alto estilo fui em busca do Cronut, um novo fenômeno de NY. Cronut não é um extraterrestre ou um abominável homem das neves. Cronut é uma invenção de um “padeiro” local, Dominique Ansel (Olivier Anquier genérico) que resolveu fabricar Donuts(rosquinhas…) com massa de Croissant. So what ? Também pensei a mesma coisa mas ainda assim iniciei a excursão em busca do mito. A lenda aumenta ainda mais porque Dominique Ansel, o padeiro em questão (estou depreciando um pouco a sua função de dono de uma “boulangerie” no Soho) , não só patenteou a sua criação, como tira apenas uma fornada da iguaria por dia. Se acabar, acabou…

Resultado: filas, com gente trazendo banquinho e cobertor de casa a partir das 6 AM. Cheguei 7:45 e outros 100 otários já estavam na minha frente. Dia de semana, temperatura tipo 5 graus. Talvez anestesiado pelo fuso, ou para ter assunto para um post, eu encarei uma espera de 1,5 horas para ter direito de comer o meu Cronut. Custa USD 5,00, tem um único sabor por mês (agora é doce de leite) e você tem direito a comprar no máximo duas unidades. O sabor ? É fantástico, inesquecível, divino e mesmo que não fosse nada disto, eu estava com tanta fome que não acharia nada diferente disto.

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