Todo mundo parece estar obcecado para entender os hábitos de consumo das classes sociais mais pobres e encontrar produtos que possam atender as suas necessidades e caber no seu bolso.A Coca-Cola aprendeu na América Central que um número enorme de consumidores não tinha dinheiro para comprar a garrafa do refrigerante em função dos centavos a mais que tinham que pagar como depósito pelo “vasilhame” ( me senti bem velho escrevendo “vasilhame”, coisa da década de 70), ou a embalagem de vidro retornável do produto. Os consumidores continuavam querendo a sua Coca e encontraram sua fórmula: pagavam apenas pelo líquido que era colocado em saquinhos plásticos pelos comerciantes. Coca-Cola em saquinhos ? Sim…Nada de garrafas icônicas ou experiências completas com a marca… Como aproximar a marca deste consumidor para quem cada centavo conta ? A Coca-Cola então teve a idéia de distribuir para os pontos de venda saquinhos com a forma de sua garrafa…o consumidor manteve seu hábito mas agora desfila orgulhoso a sua compra. Coca-Cola em saquinhos mas com cara de garrafa de Coca-Cola. Fiquei pensando no que deve acontecer com o gás do refrigerante mas isto pouco importa para estes consumidores, agora ainda mais próximos da marca. Foi um movimento de inclusão gasosa…