Fenômeno !

161345Ronaldo é membro do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014. Ronaldo é dono da agência que cuida da imagem de Neymar. Ronaldo agora é comentarista esportivo contratado pela Rede Globo.  Acho que é mais fácil eu me transformar no maior artilheiro de todas as Copas do Mundo, mesmo iniciando minha carreira futebolística aos 42 anos, do que o Ronaldo conseguir explicar como concilia eticamente estas funções…Não que ele esteja muito preocupado com as minhas bandeiras de moralidade, mas se ele me convencesse que não há conflito de interesses entre estas atividades, eu teria que reconhecer que ele é realmente um Fenômeno, com ou sem a bola nos pés.

Último capítulo

Mulheres em geral nunca foram capazes de entender como os homens após acompanharem uma partida de futebol, transmitida ao vivo, tem paciência para assistir programas esportivos que nada fazem além de recontar a história do jogo e  estabelecer debates épicos sobre a existência ou não de um penalti, se o impedimento foi corretamente marcado e se o jogador deveria ou não ter sido expulso. O resultado já está definido, nada mais mudará, os comentaristas desfilam um festival de obviedades mas lá estamos nós, homens do Brasil, prestigiando as chamadas “mesas redondas” com seus cenários toscos, anunciantes bizarros e conteúdos ocos. Neste final de semana, descobri que além da mesa redonda futebolística, criou-se no país uma enorme mesa redonda novelística. Com um agravante…era impossível mudar de canal ou desligar as pessoas. Em cada lugar que você ia, recomeçava o debate…E aí ? O que você achou do final da novela ? Pronto…horas e horas de discussão e comentários sobre a morte do Max, o destino da Carminha, a chatice da Nina, a idolatria ao Tufão. Isto não bastava…as pessoas queriam criar finais diferentes e davam vazão a sua imaginação, criticando ou defendendo apaixonadamente o autor da novela . Confesso que como alguém que não é noveleiro, me senti voltando de uma temporada na lua, completamente alienado . Tenho certeza que um monte de gente assistiu a reprise do último capítulo para ver se o final se modificava e ficava mais próximo de suas fantasias criativas. Alías, deveriam ter feito um “Você decide” para este capítulo e cobrado R$ 10,00 por cada  voto… O engajamento era tamanho que com a renda obtida a Globo poderia ter mandado a turma do Divino em bloco para a Capadócia para animar a próxima sessão de  tortura (neste caso turca e não chinesa) da Glória Perez ou se existisse um apelo mais social, financiado uns dez anos de “Criança Esperança versão Lixão”, tirando todos os personagens da miséria. Quem sabe não adaptam esta idéia para o “Vale a Pena Ver de Novo” de Avenida Brasil , que se dependesse da maioria, poderia estrear amanhã. A verdade é que depois de um final de semana de ressaca de “Avenida Brasil”, ganhei um crédito quase vitalício para  assistir “Linha de Passe”, “Terceiro Tempo”, “Cartão Verde”, “Bem Amigos”  e para a vingança ficar ainda mais doce, zapeando de um canal para o outro e com direito a merchand do Milton Neves, no lugar do Oi,Oi,Oi. 

Se identificando (ou não…) com uma causa…

Sempre que vejo ações como “Criança Esperança”, minha primeira reação é pensar porque a TV Globo ao invés de pedir para milhões de telespectadores doarem R$ 10,00, não anuncia que x % da verba publicitária arrecadada no break comercial do Fantástico, seria revertida para sustentar esta Ação Social ?

Acharia mais legal, honesto e certamente a verba doada seria muito maior…Eu admiraria mais a emissora e não teria a impressão de que estão contando com a compaixão dos “fracos e oprimidos” ouvindo o chamado do Luciano Huck e do Faustão. Certamente a Globo gasta um bom dinheiro para colocar o programa de pé, doa alguma coisa e não faz apenas o show mas para mim falta sustentação, visibilidade e um real engajamento da emissora para me convencer.
Tive a sensação oposta ao ver esta ação da Innocent, fabricante inglesa de “smoothies”. Desde 2003 quando a marca foi lançada, ela coloca “chapeuzinhos” em suas garrafas por duas semanas durante o ano.

Estes “chapeuzinhos” indicam que a empresa doa 0,25 cents de cada garrafa vestida para entidades que ajudam os idosos por todo o país. No primeiro ano, a Innocent vendeu 20.000 garrafas. Em 2011, venderão 650.000 e os velhinhos indiretamente receberão mais de 1,0 milhão de libras que os ajudarão a enfrentar o inverno. O que é mais interessante é que quem produz os chapéus não é a empresa e sim, voluntários, consumidores do produto. Depois os chapéus são colocados manualmente pela empresa em cada garrafa…O círculo se fecha perfeitamente…você se identifica com o produto, apóia a causa e contribui duplamente com os velhinhos. Me deu vontade de importar umas garrafinhas…

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