Hora do taxi em Bangkok. Me sinto jogando Imagem e Ação com o motorista, que parece não compreender quando digo pausadamente o endereço para onde eu desejo ir: เลขที่ 36 ซอย สุขุมวิท 63 (เอกมัย). Seguramente deve ter estranhado o meu sotaque para falar 36 e a mímica não salvou.
Eis que ele saca o seu celular e presencio um exemplo de como a tecnologia salva a humanidade…começamos a conversar via Google tradutor. Ele falava, o Google traduzia e assim fomos nos virando. Direita para cá, esquerda para lá…situação controlada.Percebi que estava de volta a Bangkok quando a pergunta que surgiu na tela foi se eu achava as mulheres tailandesas bonitas. O Google me ajudou a responder que sim, mas que nenhuma chegava perto da minha. Convencido ele manteve a rota e desistiu de propor um passeio para uma sessão de ping pong pussy show, uma tradição do local onde senhoritas fazem malabarismo com a referida bolinha sendo lançada diretamente de sua vagina atlética. Se fosse esporte olímpico a Tailândia seria medalha de ouro. Por enquanto é apenas um lado infame de exploração e turismo sexual que ainda são muito fortes no país.
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Tecnologia embarcada
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Que esquisito que é Dubai
Ai,ai que esquisito que é Dubai.
Voei no maior avião do mundo mas certamente eu também tenho o maior traseiro do mundo. As proporções se mantiveram e nada mudou.
Ai, ai que esquisito que é Dubai.
Aeromoças vestidas de Jeannie é um gênio com um chapéuzinho com espírito fetichista, agentes do aeroporto que parecem prontos para irem fantasiados para um baile de carnaval, burcas de grife, selfies no portão de embarque. Aero mall ou Shopping Porto ?
Ai, ai que esquisito que é Dubai
Pavilhão do Epcot Center tamanho família, Las Vegas com dunas, Miami com camelos, California Brasileira com Palmeiras.
Ai, ai que esquisito que é Dubai
Cadê a Hebe ? Cauby ? Romero ? Elvis ? Dória ? Elton John. Devem ter sido eles que inventaram esta cidade estado. Unidos formaram um Emirado.
Ai, ai que esquisito que é Dubai
Como hub nasceu, como hub vive, como hub morrerá. Dubai é a prova de que existem coisas que o dinheiro não compra.
Publicado em Automobilístico, Nepal, Viagem
#partiu
Viajar sozinho tem os seus contratempos. Fico com a impressão de que sempre olham para mim meio desconfiados. Seria este cara com um mochilão um senhor em busca da retomada dos programas da juventude ? Ninguém avisou este homem que malas de rodinhas já estão disponíveis no mercado há alguns anos ? Será que ele vai detonar este negócio enquanto grita mantras religiosos ? Coitado, deve estar viajando sem companhia porque tomou um pé na bunda.O primeiro passo é não tentar controlar o que você não controla e seguir fiel aos seus ideais.
Aproveitar que está cem por cento dono do seu nariz e fazer somente o que tiver vontade. As idéias iniciais envolvem testar o poder de auto reciclagem de meias e cuecas, sentir se a proteção de 48h do desodorante funciona de fato, comer junkie food quantas vezes quiser e até voltar a escrever. Por 20 dias eu não precisarei ser fiel a estas convicções e isto é ótimo.Fazer, não fazer,como fazer, começar, parar, desistir serão decisões que virão de diálogos exclusivas entre o tico e o teco que habitam o meu sótão. Vamos ver no que dá.
Ricocheteando
Novo aplicativo no IPad ? Play Station 4 ? Não. O grande entretenimento das férias foi descobrir que com um pouco de técnica e uma dose de sorte, você é capaz de arremessar uma pedra e fazer com que ela quique na superfície da água antes de afundar. Foi um desafio que gerou excitação por uma semana em qualquer pedaço de rio, lago ou mar por onde passamos. Matéria prima não faltou: pedras e água por todos os lados.O prazer de ver a pedrinha ricochetear superava a diferença de idade entre nós. Simples e puro. Algumas pedras nos bastaram…
Gente como a gente
Diz a lenda que uma cidade desenvolvida não é aquela onde cada um tem o seu próprio carro, mas sim onde todos utilizam os transportes coletivos (que funcionam!) e as pessoas sequer sabem o que é IPVA.
Uma coisa boa de viajar é que nos podemos brincar de ser cidadãos civilizados por alguns dias. Usamos transportes coletivos : pegamos metrô, encaramos vagões lotados, tomamos pisões no pé, sentimos aromas bem diferentes de um Channel número 5 e nos sentimos integrados a uma cultura cidadã.
Bonito ? Super. Mas enquanto eu via um rato robusto, realmente bem nutrido, se deslocando tranquilamente pelos trilhos do metro nova-iorquino, eu tive uma recaída e pensei: será que um morador rico e famoso do Upper West Side também se submete a este nobre ritual diário de encontro com a comunidade ?
Pois bem…Lá estava eu, humildemente sentado no banco duro do meu vagão de metrô, quando vejo se juntar a mim na minha intrépida jornada, Sarah Jessica Parker. Sim, Sarah Jessica Parker, atriz e protagonista de Sex and the City, salário anual que daria para comprar todo o trem para dar para o filhinho brincar de maquinista. Será que era ela mesma ? Poderia ser uma clone indo participar de algum programa de imitações no Raul Gil…Quando eu vi a sua malinha no chão, com direito a monograma e tudo, minhas dúvidas acabaram…
Obrigado, Sarah, você me deu uma lição prática de cidadania. Foi um prazer tê-la como companheira de viagem por cinco minutos (#tamojunto,#toisnovagao).