Bola oval

IMG_2319Lá fui eu assistir a uma partida de futebol americano…Era um desejo antigo conseguir conciliar uma viagem aos Estados Unidos com uma partida da NFL. Depois que você entende as regras do jogo, é difícil não gostar. Tudo correu conforme planejado…90.000 pessoas no estádio, vagas para estacionamento sem flanelinha, assento numerado, um monte de opções de comida, banheiros limpos, torcedores dos dois times sentados lado a lado e sem violência. Enfim, um espetáculo.

O jogo ? Quem já assistiu a alguma partida de qualquer esporte nos Estados Unidos, sabe que não importa muito para a torcida  é o que está acontecendo dentro do campo ou da quadra. Isto é um detalhe…Se o time está ganhando o pessoal capricha um pouco mais no hot dog, se está perdendo não muda muito…talvez comam pizza.

O mais estranho para nós brasileiros, é que a torcida é totalmente comandada pelo placar eletrônico…Eu queria ser um pai com a autoridade destes placares…se é para defender , o placar dá a ordem e todos gritam: Defense, Defense ! Se é para ficar quieto, o placar pede silêncio e todos cumprem. O placar foi uma inspiração para mim, pena que meus filhos não se comportem como bons torcedores…

Aprendi também um pouco sobre as  cheerleaders…Cheerleaders são aquelas moças, normalmente loiras e peitudas, que ficam chacoalhando pompons a todo instante e por qualquer motivo…Eu achava que todos os times da NFL tinham o seu exército de moças e senti falta delas. Descobri que não é bem assim…dos 32 times da NFL, apenas 6 não tem cheerleaders. Consegui ir a um jogo entre dois destes times: New York Giants e Green Bay Packers. O argumento deles para não terem as suas próprias moças ? Foco no que acontece dentro do campo…o resto é distração.  Foi um grande programa, mesmo sem a presença das moçoilas…

O marido da Gisele

Janeiro é período de entresafra futebolística. Na falta de uma bola redonda rolando, estou seguindo a bola oval do futebol americano. Para quem nunca acompanhou o jogo, parece um duelo de brutamontes ou se preferir, uma pancadaria de trogloditas. Se você se familiarizar, vai ver que é um jogo que requer muita estratégia para se atingir o objetivo de avançar sobre o território do adversário. Cada jogador tem uma função bem específica e os times tem uma enorme variação de esquemas táticos. Fascinante ?
Se já é difícil explicar para sua esposa porque você não quer sair de casa para assistir seu time de coração jogando uma partida importante do campeonato brasileiro, é praticamente impossível justificar umas três horas e meia na frente da TV para acompanhar os playoffs do futebol americano com times como os Ravens, os Packers ou os Patriots e regras ainda mais abstratas que a do impedimento. Quem ajuda um pouco trabalho masculino de obtenção do álibi para assistir as partidas são os quarterbacks. Os quarterbacks são os cérebros do time…são os caras que determinam as jogadas a serem feitas e são as estrelas de suas equipes. São sempre bonitinhos, almofadinhas, heróis e ídolos das mulheres. São espécies de Cacás, Raís e Leonardos, com a diferença que cada time sempre tem o seu.
Ontem para assistir a partida dos Broncos como os Patriots bastou mostrar que o Tom Brady estava em campo e passei a ter companhia e permissão para assistir a partida. Tom Brady, conhecido por aqui como o marido da Gisele Bunchen, tem vida própria e ganhou em 2011 apenas US$ 31 milhões, sendo o 13o esportista mais bem pago do mundo. Ou seja, ele também ajuda a pagar o supermercado da casa e divide os custos da babá do Benjamin. Ontem tenho que admitir que ele jogou muito e ganhou o jogo sozinho. O cara é bom, trabalha 5 meses por ano…e ainda casou com a Gisele.

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