Assisti a Jasmim Azul, o filme mais recente de Woody Allen. O filme conta a história de Jasmine, uma dondoca nova-iorquina que depois da falência e prisão de seu marido é forçada a se mudar para a casa de uma irmã suburbana em San Francisco. A derrocada da socialite, que antes parecia ser a melhor amiga da Narcisa e da Val Marchiori e que se transforma em uma maluca que fala sozinha na rua, é a senha para Woody Allen falar de neuroses, traições, críticas à elite e outros temas que lhe são tão familiares. O filme é mais seco, bem mais focado no seu enredo e com menos distrações estéticas do que os mais recentes filmes padrão “agência de viagem” que Allen tinha feito para Barcelona, Paris e Roma. San Francisco, igualmente linda, é coadjuvante e subliminarmente (ou explicitamente ?) qualificada como provinciana e de segunda classe, sendo simbolizada pela irmã de Jasmine.
Quem realmente dá um show no filme é Cate Blanchett, acho que menos pela complexidade dramática de sua personagem e sim por sua enorme facilidade de parecer chique e classuda. Desafio grande para ela deveria ser representar uma mulher barraqueira…Até descabelada e de maquiagem borrada ela não perde a pose de rica e famosa…Pedir para Cate fazer papel de rainha ou de milionária é fácil…
Jasmim Azul, não é um Woody Allen inesquecível mas não deixa de ter o seu charme,