Uma pele que requer nervos e estômago

Semana puxada, stress ? Que tal um cineminha para relaxar na noite de 6f ? Grande idéia. Já que não queremos ter os nossos pescoços sugados pela saga dos vampiros do Crepúsculo, nada mais óbvio do que nos atualizarmos para termos assuntos com os mais antenados e assistirmos “A pele que habito”, o mais novo filme do espanhol Pedro Almodóvar. Os ácaros em profusão da sala de cinema do Shopping Morumbi (fujam!!) já indicavam que a minha perspectiva de relaxamento iria por terra. Comecei o filme tenso, imaginando que em instantes teria uma crise de rinite alérgica. Meu corpo resolveu contribuir e se comportar, mas Almodovar não.

Fazia tempo que eu não saia do cinema com uma sensação de estômago tão embrulhado (estou excluindo “Rio”, “Um zelador animal” e “Carros 2” desta constatação). O filme é bem pesado e mais do que tentar decifrá-lo fiquei pensando que tipo de chá de cogumelos o roteirista tomou para elaborar uma história tão estapafúrdia e complexa. Vou me abster de contar o enredo pois cortaria metade da graça do filme mas para ter uma noção, ele começa com um cientista high tech (representado pelo Antonio Bandeiras e que está parecendo o Júlio Iglesias reloaded) que desenvolve uma pele artificial e no final você constata que está diante de uma mistura de Ivo Pitangui com Maníaco do Parque. O lado bom de tudo isto é perceber que se você resistir firme na poltrona, o filme tem realmente a capacidade de te incomodar e tirar o seu sono. Confesso que no final da noite estava procurando alguma reprise de filme com a Meg Ryan, tipo “Mensagem para você” para adoçar o começo do final de semana.

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