Não sou um adepto de livros de auto-ajuda. Eles me parecem a versão editorial das frases que sempre enfeitaram os pára-choques de caminhões com a diferença que nos caminhões eu tinha acesso ao conteúdo de forma gratuita e mais bem humorada. Para confirmar a minha tese, ontem tive contato novamente com a história de um cara que vale mais do que uma biblioteca de chavões reunidos: Alessandro Zanardi.
Alessandro Zanardi tem 45 anos, era um piloto italiano de fórmula Indy (chegou a correr de F1 sem muito sucesso), que após dominar a categoria por vários anos,sendo campeão em 1997 e 1998, sofreu um grave acidente durante uma prova em 2001,que resultou na amputação de suas duas pernas.
Desde então ele não abandonou o automobilismo e venceu algumas provas no campeonato mundial de carros de turismo, correndo em um BMW adaptado as suas limitações físicas. Ontem vi seu nome novamente nos jornais e soube que ele foi o vencedor da maratona de NYC, categoria bicicletas adaptadas ! Mais, ele em março já havia vencido a Maratona paraolímpica de Roma chegando 2 minutos na frente do segundo colocado. Com sua performance Zanardi é avaliado como um dos favoritos para a maratona em sua categoria nos de Londres em 2012.
Depois de ver um sujeito passar por tudo isto e continuar sendo competitivo, se reinventando e vencendo, fica difícil arrumar justificativas para a preguiça cotidiana que me impede de ir até a praça a 100 metros de casa para caminhar.
Arquivo diário: 07/11/2011
Uma história que vale mais do que vários chavões
Publicado em Automobilístico, Reflexivo