Este final de semana fui assistir a “Álbum de Família”, novo filme de Meryl Streep e Julia Roberts. Saí do cinema com a certeza que tenho a família mais estruturada do mundo e que as briguinhas em época de natal são bem café com leite…
O filme conta a história de três irmãs que voltam para casa para cuidar da mãe, após o desaparecimento do pai delas. O “get together” da turma é bem pesado, com acusações, conflitos e segredos que vão sendo revelados. Sobra para todo mundo…a lavanderia de insultos não poupa nenhum personagem e só quem é aparentemente normal, é a empregada doméstica … Embora a atuação de Meryl Streep no papel de matriarca viciada e doente, faça dela uma candidata natural a ganhar o seu bilionésimo Oscar, achei que o filme não conecta com o espectador. Ele não vê naquela família, a sua família.
Tudo é tão hiperbólico e “radioativo” que não existe a empatia. Todo mundo tem um primo bobo ou uma tia chata, mas o primo bobo do filme é tão booooobo que ele deixa de servir como referência e a trama em torno da família vira uma pura obra de ficção. Fica a impressão que você está assistindo a uma novela em que os roteiristas tem como função principal surpreender o público com pacotinhos de novidades a cada cinco minutos para conseguir manter a sua atenção e por consequência, a audiência. …Reunir em uma mesma família suicídio, traição, pedofilia, doença, violência e concentrar isto em duas horas foi um pouco demais para mim. Enfim, boa sorte para a Meryl mas o filme dela não me representa…Virou uma família esteriotipada, estilo “novela mexicana”. Para completar, só faltou a Chispita baixar no encontro deste clã de Oklahoma….