Crônica de quase natal

O natal está chegando e com ele vem junto aquele momento do ano em que o amor predomina. Começa pelo processo fácil de se pensar em quem merece presente e o que comprar. Algumas famílias adotam o empolgante amigo secreto e discutem por semanas qual a regra mais justa. Bem coerente com o espírito de natal,se fazem alianças, conchavos e artimanhas para que os favoritos não sorteem os chatos…Outras famílias abdicam da troca de presentes e agora fazem apenas doações para crianças desamparadas e lares de velhinhos. Existe um grupo mais conservador que estabelece informalmente que os homens troquem entre si caixas contendo camisas da Richard’s com variação da cor da listra e que as mulheres se surpreendam com a fragrância do sabonete L’Occitane que ganharão (será Verbena, Oliva ou Chá verde ?).
As avós competem para ver quem entrega o maior embrulho para os netos, tias distantes distribuem a todos pares de meias sociais, os amigos que gastam pouco dizem que não é um presente e sim “apenas uma lembrancinha”, um tio gordo se veste de papai noel com barba de algodão e todos, inclusive as crianças, morrem de medo. Já os casais discutem e brigam para ver se comerão o perú com a família de um e a sobremesa com a família do outro, ou vice-versa . Não estar presente na hora em que o perú é fatiado é prova de falta de amor e desperta sentimentos de vingança eterna.
Enfim, muda o endereço, o tamanho do embrulho, os personagens mas o enredo é quase o mesmo. É época de natal…Odiamos, reclamamos mas adoramos. É quando a família é mais família. É difícil viver sem…

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