As modelos sempre vivem entre a cruz e a caldeirinha ou para adaptar-me ao tema de hoje, entre o cabide e o armário. O mercado espera que elas sejam magras,tábuas,desprovidas de curvas. Quando depois de ingerir toneladas de alface e passar por uma série de privações elas conseguem chegar lá, sempre aparece alguém para dizer que estão com cara de anoréxicas e que isto é um péssimo exemplo para as adolescentes que aspiram seguir a profissão… Aí elas resolvem dar uma derrapadinha, encaram uma pizza, uma batatinha frita, tomam um sorvete escondido e na hora do desfile de bíquini aparecem as mortais celulites ou um pequena saliência abdominal (ou pneu). O que acontece ? Novo ataque da mídia e um traço contido de felicidade das demais mulheres mortais que se sentem vingadas.
Pois bem, a rede sueca de roupas H&M resolveu eliminar esta discussão. Não queria mais mulheres palito ou ter que explicar porque as suas modelos estavam mais cheinhas. Em seu site, a H&M divulgou suas roupas utilizando apenas modelos com corpos virtuais, absolutamente iguais e fazendo a mesma pose. As “cabeças” continuavam sendo de modelos reais, “implantadas” digitalmente em corpos artificiais. A HM esqueceu de avisar que estava fazendo isto e advinhem o que aconteceu quando a mídia descobriu ? Uma chuva de ataques pelo fato da empresa não respeitar os desvios e as imperfeições das mulheres de verdade. Não é mesmo fácil a vida das modeletes…até as virtuais apanham ! A resposta da H&M ao ser questionada sobre porque havia feito isto foi bem nórdica: simplificação do processo de Photoshop e foco nas roupas. “Nós vendemos roupas e não modelos”, disse o diretor da rede. Li no http://www.psfk.com
