A velocidade e o tempo

Era uma vez um cara que surgiu do nada. Parecia ter potencial. Mereceu uma chance. Começou a vencer. Não parou mais de vencer. Ficou temido. Era imbatível. Ganhava de tudo e de todos. Foi eleito o melhor de todos os tempos. Um dia achou que a sua vida estava sem graça, monótona e resolveu se aposentar para ficar com a família e fazer outras coisas. Saiu dos holofotes, sentiu falta das glórias e pediu para voltar. As portas se abriram…O mito retornava. Onde está o mito ? O tempo passou, as vitórias do passado viraram lembranças. Os erros que antes eram perdoados e tratados como um sinal de arrojo, passaram a ser vistos quase como traços de senilidade. O respeito do passado se transformou em chacota no presente. O mito virou mortal. Pior do que mortal, virou descartável. Michael Schumacher foi gentilmente convidado pela Mercedes a abrir caminho para os mais jovens. Seus títulos serviram apenas para fazer com que merecesse uma saída com um pouco de mais classe. Depois de tantos anos lidando com a velocidade, ele deveria ter aprendido que nada passa mais rápido do que o tempo e que não adianta querer pará-lo. Ele sempre vence no final…a juventude sobrevive apenas nos retratos.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Posts anteriores

Enter your email address to follow this blog and receive notifications of new posts by email.

Rumo a um bilhão de hits

  • 76.088 hits

Páginas mais populares

Carne fraca, miolo mole
Tem gente querendo resgatar a Comic Sans das trevas...
Raio, estrela e luar
Mostarda mas não falha
setembro 2012
S T Q Q S S D
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
%d blogueiros gostam disto: