São Paulo se orgulha de ter milhares de restaurantes que oferecem todos os tipos de comida para todos os bolsos. Quando penso em quais deles eu frequento, chego a conclusão que o meu hábito se sobrepõe a abundância de oferta . Conto nos dedos das mãos os lugares em que vou. Coloquei como meta fugir por um tempo do circuito gastronômico de dia a dia e do mundinho Jardins. Garçons modelo, com barbinha rala, tatuagens de caveira e camisetas pretas estão me dando uma certa preguiça. Nada de preconceito..É uma fase transitória…um dia eu volto…
O primeiro passo foi dado. Finalmente fui me encontrar com o hamburger do Seu Oswaldo, que fica no bairro do Ipiranga. O lugar não faz concessões a Milk Shakes, batatinhas com queijo cheddar e nada que passe perto de ser qualificado como gourmet. Você vai lá para comer o hamburger e ponto final. Ambiente simples,esquema balcãozão. Fila de espera grande… Nada de hostess com senhas eletrônicas que vibram e piscam como árvores de natal. Te chamam no grito mesmo, afinal estamos no Ipiranga e efetivamente o ambiente parece estar igual desde os tempos de Dom Pedro. E a comida ? O X-Salada tem o charme de substituir rodelas de tomate por um molho com tempero caseiro…Meu sanduíche veio um tanto esmagado e precisei comer dois para compensar o tamanho microscópico. Foi Gostoso. Mas acho que melhor do que o sabor foi a experiência. Valeu o programa.
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Hamburger plácido do Ipiranga
Publicado em Comida, Cotidiano, Gastronômico
Hamburger socializado
Quem conhece Nova York sabe que existe uma disputa sobre qual o melhor Hamburger da cidade. Nada diferente da disputa por quem é a melhor baiana de Acarajé em Salvador, qual o melhor pastel de feira de São Paulo e qual o melhor bolinho de bacalhau do Rio de Janeiro. Tem um lugar dos cotados, que se chama Shake Shack que eu gosto bastante. Muito menos pelo Hamburger em si e mais pela experiência, afinal o Shake Shack é um quiosque no meio de uma praça. Alivia um pouco a sensação de culpa pelas calorias você poder comer o seu Hamburger a céu aberto. Seria bucólico não fosse pelo ataque de esquilos e pombas que sofri hoje. Os animais também estavam interessados em degustar o hamburger e socializar minha comida. Parte do tomate do meu cheeseburger foi furtado por um objeto voador não identificado e tive que me proteger de esquilos com olhar ameaçador que miravam minha batata frita. Eram uma espécie de Tico e Teco possuídos…
Confesso que já tive experiências gastronômicas mais divertidas e menos participativas. Valeu para matar a saudade mas da próxima vez voltarei a procurar ambientes mais tradicionais, mesmo que a culpa pela comida trash aumente.