Neste feriado enquanto milhares de pessoas chafurdavam pela lama tentando assistir ao festival de música do Lollapalooza em São Paulo, me trancafiei nas terras distantes da Serra do Ibitipoca, em Minas Gerais.
Eles preferiram ir à um festival de música e bastou aparecer a meleca no chão para começarem as referências a Woodstock… Mas a verdade é que a multidão que foi aos shows do The Killers e do Pearl Jam, provavelmente não sabe muito a respeito de Jimmy Hendrix ou Janes Joplin e tem certeza que Woodstock , nada mais é do que um amigo do Snoopy (acho que nem esta referência está certa, afinal o Snoopy não é o Snoop Doog…)
Eu optei pelos banhos de cachoeira. As cachoeiras nunca saíram de onde estão, não foram criadas na década de 60, mas sempre que eu comento que entrei em uma, me olham como se eu tivesse uma barraquinha na feira hippie e andasse descalço, vendendo brincos e aneis de prata por aí.
Eles quereriam diversão e música, eu queria contato com a natureza. Ponto. Mas se pararmos para pensar, eu e essa turma temos algo em comum: somos olhados como se tivéssemos saídos do túnel do tempo, como se a “Peace and Love generation” ainda estivesse por aqui. Woodstock, banhos de cachoeira ao som de Raulzito…Isto já acabou há uns 40 anos. Será que as pessoas não vão atualizar os seus comentários… ?