O ritual de todos os dias se repetiu pela última vez: acordar antes do sol nascer, observar as montanhas, calçar as botas pesadas. Tudo já em ritmo de piloto automático. A mochila já se ajeita sozinha e caminhar está parecido com pegar o carro para ir trabalhar. Os bastões tão úteis em vários momentos são postos de lado. O ritmo de caminhada também é mais forte e com muito menos pausas. A trilha é praticamente só descida, cortando vilarejos e plantações. As horas finais são uma espécie de zona de descompressão…o caminho antes estreito, agora se alarga e se transforma em uma estrada de terra margeando um rio. Aos poucos surgem ônibus coloridos, jeeps 4×4 e as barulhos da civilização.

Os sinais de civilização indicavam que o trekking estava chegando ao fim.
Caminhamos mais um pouco e então pegamos um táxi para Pokhara, onde tudo começou. Forma singela de terminar o trekking. Depois de duas horas chacoalhando, eu reencontrava o meu hotel. Me pareceu suntuoso. Um banheiro só para mim, com água quente, tomadas para recarregar o que eu quisesse e wi-fi. Valeu…